Quem conhece sabe, o pôr-do-sol no Ser Stella é puro encantamento, e eu, que não posso ver uma luz dourada, estou sempre atenta a esses momentos de magia na Escola, procurando conexões e belas imagens.
Nesta quarta feira, em questão, a luz estava especialmente bonita, iluminando tronco e galhos de uma árvore na qual eu nunca havia notadotal fenômeno, ao percebê-la peguei rapidamente o celular e fui em busca do melhor ângulo para fotografar, ângulo que, nas nossas grandes árvores, costuma ser bem agaixada na sua raiz.
Tirei uma foto linda, realmente magnífica. Só não percebi, que ao longe eu estava sendo acompanhada por um olhar curioso. Felipe.
Algum tempo depois, na saída da Escola, Felipe, Fê, como costumamos chamá-lo, veio corrento me perguntar:
– Tia, cadê a toupeira] (uso poético das chaves como interrogação)
– Que toupeira, Fe[ Não temos toupeira na Escola.
– A toupeira que você estava agaixada olhando na árvore!
– Não, Fe. Eu estava fotografando a árvore, que estava muito bonita com a luz do Sol, elas ficam muito bonitas quando o Sol bate nelas,né[
– Ficam sim, Tia.
Dias mais tarde ao contar a história, fui questionada, por que não deixei que a magia da imaginação fosse cultivada, criando toupeiras pelo Ser Stella, e a resposta me veio brevemente, por que “Toupeira” fui eu, que naquele momento não percebi a sutileza da imaginação da criança e somente pensei que podia dividir a beleza que EU vejo na luz do Sol e não compartilhar da brincadeira inventiva sobre Toupeiras invisíveis Stellares. Mas podem ter certeza, que em breve estarei a criar Toupeiras Invisíveis Stellares pelo Ser Stella.
Helena Aguirre (Tutti)